quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rodolfo (ex-Raimundos) x B. Negão (Planet Hemp)

Essa é das antigas, mais compensa ler, mto massa a cv dos cara...

BNEGÃO pergunta



Como você entrou nessa zoeira de banda?

Rodolfo: Desde pequeno eu estou ligado nessas coisas. Quando tinha 11 anos, mais ou menos, ganhei um baixo. Depois enjoei, troquei por uma bateria e só depois fui trocar pela guitarra. O Digão (guitarrista da banda), sempre morou perto de mim e a gente fazia várias bandas, só por brincadeira. Fomos crescendo e resolvemos fazer a coisa pra valer.


Qual foi o primeiro som pesado que você ouviu e o que achou?

Foi lá pra 83, quando comprei um disco do Judas Priest. Achei o som muito fera.


Já passou por alguma situação escrota com maconha?

Por várias. Teve uma, quando eu tinha 15 anos, em que eu estava em Brasília com dois amigos e um dele estava cheio de bagulho, mas a gente não sabia. De repente, dois policiais vinham vindo e esse cara começou a ficar para trás enquanto eu e o outro andávamos normalmente. Aí, o cara tentou jogar a maconha dentro de um quintas, mas o bagulho caiu todo no chão, no meio da rua. Ele fugiu correndo, mas nós não tivemos tempo. Os policiais pegaram a gente e desfilaram pela cidade, pela lanchonete onde estava todo mundo que conhecíamos, com a gente algemado. Tudo isso para demonstrarem que tinham poder.


Qual foi o melhor fumo que já experimentou?

Skank, na Califórnia.


Como definir um bom bagulho?


Acho que, principalmente pelo gosto. Bagulho com gosto ruim não dá. É legal também quando é uma coisa nova e o importante também é a lomba que ele dá.


Uma banda que você goste e que ninguém tenha ouvido falar.


Tem uns caras da Califórnia, se não me engano, o nome é Tisssean (?), que fazem um hardcore animal. A banda já é antiga, mas achei um disco deles que é muito legal.


Como foi o tratamento no Hollywood Rock?

Foi muito legal. Em São Paulo, nosso camarim era pequeno, mas quando a gente abria a porta dava para uma piscina olímpica maravilhosa. Lá teve a vantagem de que ninguém ficou enchendo o saco e a gente passou o som com calma. Aqui, no Rio, o camarim era legal, mas o som foi passado às pressas e ficou cheio de defeitos. Outra cosia ruim, é que não podíamos circular livremente nos dias em que não estávamos tocando. Nosso empresário perdeu as credenciais, e na noite do reggae tive até que jogar um “caô” no segurança pra conseguir entrar.


Qual é a sua opinião sobre os jornalistas musicais?

Como em todas as áreas, tem os bons e s maus profissionais. Agora, o que eu não entendo é de onde eles tiram certas coisas. Já li entrevista que nunca dei. Uma vez, saiu em um jornal que eu disse que nesse disco (Lavô, Tá Novo), ia ter três músicas em inglês para conquistar o mercado europeu. Até hoje, não sei de onde o cara tirou isso. Na verdade, acho que o melhor crítico é aquele que é leigo, que diz se gostou ou não, sem ficar procurando termos e definições pra tudo.


Como você faz pra cultivar esse cabelo escroto?

Agora estou deixando crescer inteiro, sem raspar atrás. Atualmente, ele está até cheirosinho. Afinal, quando alguém me pergunta se eu lavo o cabelo, tenho que provar que sim, e mando logo o cara cheirar!


O que está achando da “novíssima” geração de Brasília?


Estou um pouco afastado de Brasília e o que eu gosto são as coisas de que já gostava antes. O disco do Câmbio Negro tá muito legal e a nova demo do Little Quail também tá do cacete.


E as bandas do resto do Brasil?


Sei lá, cara, tem um monte de gente aí. Gosto do Resist Control, por exemplo. Ah, tem uma banda de uns viadinhos aí, do Rio, uma tal de Planet Hemp, que também é muito boa.



Qual foi a pergunta mais idiota que já te fizeram?


Por que o nome Raimundos?


O que respondeu?

Uma bobagem maior ainda: porque a gente é feio de cara e bom de fundos.


Qual foi o show mais bagaceira que já fizeram?


Vários. Uma vez, no Nordeste, acho que foi em Natal, tocamos num lugar que só tinha três lâmpadas, o som não tinha retorno e o camarim dava para a rua. Foi uma merda, mas este tipo de show é legal porque só vai a galera que gosta mesmo da banda, que canta todas as músicas e não tá nem aí pra mais nada.


Uma boa revista de música deve ter...


Um pôster central com uma mulher pelada.




RODOLFO pergunta



Qual foi o dia em que você mais fumou?

BNegão: Sei lá, não me lembro quando e nem porquê. Um dos problemas da maconha, é que causa falta de memória! (rindo)


Qual foi o melhor bagulho que você já experimentou?

Foi em Pernambuco, no festival Abril Pro Rock. Lá é onde tem o melhor bagulho, com certeza.


Como você se sente sem maconha?


Me sinto normal. Com maconha, fico legal, e sem, é normal, sem problemas.



Pra que time você torce?

Sou Mengo. Apesar das palhaçadas do Romário, continuo resistindo, mas anda muito difícil.


Você já “dançou”?

Já tomei muita dura, mas “dançar” mesmo, nunca “dancei”. Acho que tenho um santo forte.


O que acha da Xuxa?


Tenho pena das crianças.


Qual é o melhor pico pra andar de skate?


Pista, a melhor, sem dúvida, é a do Rio Sul. Agora, um lugar legal, também, é Santa Teresa, tem muita ladeira e é muito legal.


Você já competiu?


Eu não. Tenho uma porrada de amigos que competem, mas fico de fora. Gosto muito de skate, mas acho que não tenho vontade de competir.


O que sua mãe acha do seu cabelo?

Minha mãe já se acostumou. Minha tia é que dizia que era uma coisa horrorosa, no começo, mas depois que viu a primeira foto no jornal, passou a achar maravilhoso.


Qual é a mulher mais gostosa do Brasil?


Núbia de Oliveira!


Qual é o melhor lugar pra tocar no Rio?


Era o Circo Voador, que agora, infelizmente, está fechado. Então, atualmente, o Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, é bem legal, primeiro, porque é na beira da praia e, depois, porque os shows são de graça. Esses tipos de shows são os melhores, em que o público está mais animado.


Qual é a capital do Equador?


Porra, sei lá, cara. Seria Buenos Aires? (rindo)


Quando sai o próximo disco?

Vamos entrar em estúdio em setembro, e o disco deve estar pronto no mês seguinte. Já temos seis músicas prontas e estamos começando a incluí-las nos shows.


O que você nunca deixa de levar para um show?

Fumaça e meus óculos para ver a fumaça. Sem eles, não enxergo nada!

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